Curso Independência Financeira

[Aula 07] Realize seus sonhos de consumo sem culpa! Você ainda não tem um plano de gastos conscientes?

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Chegamos à terceira aula do segundo módulo do nosso curso.

Aqui, vou te ensinar a montar um plano de gastos consciente para realizar os seus sonhos de consumo sem culpa e ainda ficar mais próximo da sua independência financeira.

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Mas pode esquecer essa ideia de anotar todo cafezinho que você toma: hoje eu quero te ensinar que o que realmente importa é o quanto você investe.

Nesta aula, você vai ver:

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  1. Faz sentido fazer um orçamento completo?
  2. Diferença entre valor e preço
  3. Montando seu plano de gastos consciente

Vamos nessa?

Faz sentido fazer um orçamento completo?

 

No mundo da educação financeira, muitos especialistas pregam que ter um orçamento completo e detalhado é a ferramenta mais importante para alcançar a independência financeira.

Mas você já tentou fazer um orçamento e controlar todos os seus gastos? Pode ser algo bem trabalhoso e chato, porque você precisa anotar absolutamente tudo que compra.

Além disso, criar um orçamento minucioso tira a energia do que é essencial no seu planejamento financeiro, e ainda gera um sentimento de culpa se você esquecer de anotar alguma coisa.

Mas pode ficar tranquilo, porque eu não vou te pedir para criar uma planilha enorme onde você anota tudo que gastou em cada dia da semana.

Em vez disso, vamos criar o chamado plano de gasto consciente, que é uma forma muito melhor de organizar suas finanças pessoais de maneira simples, rápida e direta.

Mas vamos por partes: primeiro, quero conversar com você sobre a diferença entre valor e preço.

Valor x preço

 

Como já conversamos, para que você alcance a independência financeira, os seus gastos precisam estar de acordo com os seus objetivos.

Acontece que estamos constantemente expostos à mídia e ao consumo alheio, e assim nos tornamos mais consumistas do que gostaríamos.

Isso acontece porque, nesse processo, paramos de prestar atenção no valor que as coisas têm para gente, focando apenas no preço.

Eu te explico: valor é algo que agrega, que gera benefícios para você. Já o preço é apenas a quantidade monetária que você paga para ter, vivenciar ou consumir algo.

Por exemplo:

  • o preço que você paga em uma roupa de marca é muito maior que o valor que ela agrega para você, porque ela não será utilizada muitas vezes e o seu maior objetivo ao comprá-la é causar uma impressão nos outros;
  • já o preço de uma viagem geralmente é menor que o valor que você recebe em troca, considerando que viverá momentos inesquecíveis, conhecerá novas culturas, terá novas experiências, etc.

Então é preciso entender o que te aproxima dos seus objetivos e te faz mais feliz e completo a longo prazo, porque isso é valor.

Regra das 72 horas

 

Para evitar que você seja refém do consumismo, sugiro que use sempre a regra das 72 horas, ou seja: não compre nada na hora.

Isso porque toda compra imediata é feita com emoção, e um dos maiores responsáveis pelo fracasso é financeiro é justamente o nosso emocional.

Acontece que, como já conversamos em outras aulas, nosso cérebro foi feito para sobreviver, não para enriquecer. Dessa forma, temos que tomar atitudes para que ele funcione a nosso favor.

Então, se você esperar 72 horas para comprar algo, as emoções sairão da jogada e você conseguirá pensar mais racionalmente.

E se mesmo depois de esperar 72 horas você ainda acredita que aquela compra é necessária, faça a si mesmo estas 4 perguntas:

  1. Eu realmente preciso disso?
  2. Se sim, quais são as características básicas que não podem faltar nesse produto?
  3. Ele me oferece o melhor custo benefício entre os concorrentes?
  4. Por último, o valor me deixa mais próximo dos meus objetivos?

Para deixar isso mais claro, vamos usar o exemplo de comprar um novo celular:

  1. Pergunte-se se você realmente precisa de um novo celular ou se só quer ter o modelo mais atual.
  2. Se você realmente precisa de um novo aparelho, entenda quais são as características essenciais para você: câmera boa, capacidade de rodar jogos, espaço de memória, etc. Você não precisa comprar o celular mais caro e ter várias funcionalidades que não vai usar.
  3. Ao entender o que você quer num celular, procure as marcas e os modelos que te entregam a melhor relação de custo-benefício.
  4. Finalmente, tendo escolhido o celular ideal, faça uma nova análise para conferir se ele cumpre todas as características que você busca no seu novo aparelho. Além disso, veja se você não está pagando mais para receber menos valor do que se tivesse escolhido outro modelo ou marca.

Tendo passado pela regra das 72 horas e por estas 4 questões, você pode comprar sem culpa, porque está adquirindo algo que realmente te dá valor.

E lembre-se: faça compras para você, e não para os outros! Tudo que você consome deve fazer a diferença na sua vida, e não criar uma percepção para os demais.

Montando o seu plano de gastos consciente

 

Por fim, vamos para o plano de gastos consciente.

Você consegue montar o seu em 5 simples passos, confira:

  1. Em primeiro lugar, anote sua receita líquida, ou seja, quanto efetivamente entra na sua conta bancária depois de pagar imposto de renda e outras taxas.
  2. Em seguida, você precisa considerar seus gastos fixos, que são as contas que você obrigatoriamente precisa pagar, como luz, água, comida, etc. Esses custos não devem ultrapassar 50% da sua renda líquida, mas o ideal é que fiquem em torno dos 30%.
  3. Depois de considerar todos os seus gastos fixos, separe 15% da sua receita para uma conta de imprevistos e emergências, porque você não conseguirá lembrar de todos os custos e também não poderá controlar fatores externos, não é mesmo?
  4. Considere também uma poupança para gastos futuros, que deve ficar em torno de 5% da renda líquida. Quando pensamos em gastos futuros estamos falando da depreciação de bens que você já tenha (por exemplo, você precisará trocar de computador, celular, geladeira, etc. de acordo com a passagem do tempo) e gastos quase fixos, como a compra de presentes no fim do ano ou uma viagem para visitar a família que você faz todo ano.
  5. Depois, pense nos investimentos, porque uma coisa que todo milionário faz é poupar para aproveitar oportunidades. A quantia que você investe não pode de forma alguma ser menos de 10% da sua renda, e o ideal é que esteja acima de 50%, para que você consiga alcançar seus objetivos.
  6. Por fim, o que sobrou pode ser usado para gastos sem culpa! Considerando que você já reservou tudo que precisava, pagou todos os seus gastos fixos e ainda fez a previsão dos gastos futuros, não há por que se preocupar. Mas lembre-se: gaste apenas com aquilo que você ama e traz valor para você, e não use mais de 20% da sua renda para esse tipo de gasto.

Para criar o seu planejamento, é importante pensar em todas as contas num prazo de 12 meses. Assim você não deixa passar nada, porque existem gastos que são mensais e outros que são anuais.

Pontos de atenção

 

Existem alguns pontos de atenção na hora de mandar o seu plano de gastos consciente, por exemplo:

  • é importante não deve investir menos de 20% da sua renda, e jamais menos de 10%;
  • se seus gastos estão acima de 50%, você está comprando muitos passivos (lembre-se que um dos pilares para ser rico é comprar ativos que gerem renda futura);
  • o seu aluguel não deve consumir mais de 30% da sua renda.

Além disso, é importante ter um planejamento acerca do montante que você vai usar para gastos sem culpa.

Para isso, sugiro que você crie um cronograma de como vai gastar seu dinheiro, por exemplo:

  • 40% restaurante;
  • 10% roupas;
  • 40% bar e festas;
  • 10% transporte.

Mas esse é só um exemplo. Seja qual for a sua divisão, o importante é analisar se esses gastos estão de acordo com os seus objetivos.

Ou seja, você definiu apenas gastos que não agregam nada ou adicionou à lista um curso ou um passeio diferente?

Por exemplo, se você gasta 40% em restaurantes caros, analise se isso é verdadeiramente importante para você ou se poderia estar comendo bem de outras formas, gastando menos dinheiro.

Você pode usar seu dinheiro extra para praticar um novo esporte, aprender uma nova língua, um novo instrumento… enfim, coisas que além de te dar prazer também estão agregando valor de verdade, melhorando a sua saúde física e mental.

Porque, como vimos, outro valor milionário é investir em conhecimento e autodesenvolvimento — é buscar prazer em algo que te dá valor.

Então reflita sempre se você gasta em coisas que ama ou que acha que os outros amam.

Automatização de finanças

 

Outra forma de poupar e não correr o risco de usar todo o seu dinheiro em gastos passivos é automatizar as suas finanças.

Ou seja, você paga suas contas automaticamente, sem precisar se preocupar todo mês se já quitou tudo que precisa e guardou o recomendado.

Você pode fazer o seguinte:

  • use o débito automático para pagar contas como luz, gás, eletricidade, fatura do cartão de crédito, etc;
  • da mesma forma, você pode definir uma data para que certa quantia saia da sua conta-corrente e seja depositada mensalmente em um ou mais investimentos;
  • assim que receber o salário, faça todas as transferências que não podem ser automatizadas com recursos do app do seu banco;
  • para os gastos sem culpa, você pode abrir uma conta em um banco digital gratuito e usá-la apenas para guardar o dinheiro que você efetivamente pode gastar com lazer, compras passivas, etc.;
  • no mesmo sentido, você pode usar um cartão pré-pago e recarregá-lo com o valor que pode ser usado no dia a dia.

E se você está preocupado com milhas, porque estou sugerindo que gaste menos no crédito, pare e pense: as companhias aéreas te dão milhas porque elas querem que você gaste mais dinheiro.

Ou seja, você gasta mais para ganhar pontos, enquanto poderia estar poupando e comprar a mesma passagem aérea com o dinheiro que não gastou.

E existem opções para que você continue ganhando pontos sem usar o cartão de crédito tradicional, por exemplo: o Banco do Brasil possui um cartão pré-pago que dá milhas, e o C6 Bank, que é digital e sem taxas, oferece pacotes de pontos para o seu cartão de débito.

O importante é pagar e guardar todo o necessário assim que você receber o salário, para que não se preocupe com contas a pagar na hora de gastar com o que realmente deseja.

Para te ajudar ainda mais com isso, na próxima aula vou te ensinar a criar duas planilhas completas para ficar um passo mais perto de alcançar a independência financeira.

Então venha comigo para aprender como montar os seus objetivos, o seu plano de gastos e ainda analisar o seu balanço patrimonial, ou seja, como anda o seu patrimônio líquido.

Você está aumentando ou diminuindo a sua riqueza?

Te vejo na próxima aula!

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