Curso Independência Financeira

[Aula 06] Alcance a independência financeira e viaje todo ano: a arte de definir objetivos

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Olá! Seja bem-vindo à primeira aula do segundo módulo deste curso.

Nessas próximas aulas, vou falar com você sobre planejamento financeiro, algo muito importante para que você alcance de fato a independência e liberdade financeira.

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Mas pode ficar tranquilo, que não vou focar em fazer um orçamento enorme que te obrigue a anotar todo café que você toma.

Eu quero que você tire da sua cabeça essa crença negativa de que planejamento financeiro é algo chato e trabalhoso — aqui, ele será rápido, prático e divertido.

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Ao final deste módulo, você não apenas terá sua vida financeira acertada, mas também vai entender o que é realmente válido para você, quais são seus valores e o que você realmente quer alcançar na vida.

Antes de começarmos, porém, vou destacar um ponto muito importante: se você não está sozinho nessa jornada, ou seja, tem um companheiro ou uma companheira com quem divide as questões financeiras, não esqueça de mandar essa aula para ela!

Isso porque, se os valores e objetivos de um casal não estão alinhados, pode ter certeza que ocorrerão brigas.

Então não deixe isso acontecer: envie esta aula para o seu companheiro ou companheira e vamos nessa!

Hoje, vamos falar sobre a arte de definir objetivos para criar um planejamento financeiro que faça sentido para você e seja eficiente.

Para isso, vamos falar sobre:

  1. Por que dinheiro é importante para você
  2. A importância de ter objetivos reais
  3. Objetivos obrigatórios x objetivos pessoais
  4. Como definir objetivos

Então vamos lá!

Por que dinheiro é importante para você?

 

Essa é a questão mais importante de todas na hora de desenvolver o seu planejamento financeiro.

Isso porque, como vimos, o dinheiro é um meio, e não um fim. Ou seja, ninguém acumula dinheiro apenas por acumular — deve haver algum objetivo no fim da linha.

Então por que o dinheiro é importante para você, especificamente?

Essa parece uma pergunta simples, mas não é.

Para descobrir a resposta, pegue uma folha de papel ou abra um documento digital e anote a sua resposta.

Feito isso, eu vou te ajudar a aprofundar um pouco mais a sua ideia, porque geralmente as primeiras respostas para esse exercício são vagas.

Para isso, vamos usar um exemplo:

Como conversamos no primeiro módulo, para muita gente dinheiro significa ter liberdade.

Acontece que liberdade pode ser um conceito vago e que varia de pessoa para pessoa, então o que você considera liberdade não necessariamente é  que outra pessoa considera liberdade.

Nesse sentido, uma forma fácil de chegar na real importância do dinheiro para você é se perguntar algumas vezes em seguida por que você quer algo.

Por exemplo:

  1. “Por que eu quero mais dinheiro?” – “Para poder trabalhar na hora que quiser e de onde quiser”.
  2. “E por que quero trabalhar na hora que eu quiser e de onde quiser?” – “Para ter mais flexibilidade de tempo e poder viajar”.
  3. “E por que quero ter flexibilidade de tempo e viajar?” – “Para ter a liberdade de fazer o que eu amo quando me der vontade”.

Seguindo essa lógica, você entende que o dinheiro te proporciona mobilidade e flexibilidade de tempo, que são coisas que você precisa para alcançar o objetivo de ter liberdade, sem se prender a um endereço ou a um horário fixo de trabalho.

Mas este foi um exemplo; afinal, a resposta para essa pergunta é muito pessoal, porque os valores de cada um são diferentes.

Não importa o objetivo que você está buscando, mas sim que você saiba qual é esse objetivo e se você está disposto a fazer tudo por ele, porque se você não está, então ele não é um objetivo forte o suficiente.

Então eu quero que você pare: para você, o dinheiro é um meio para atingir o quê? Ter mais tempo com a sua família, mais tranquilidade, segurança, educação?

Para isso, você precisa compreender:

  • quais são os seus valores;
  • qual a coisa mais importante na sua vida.

A coisa que você considera mais importante é a que vai guiar as suas decisões, principalmente as financeiras, então ela tem um grande papel no seu planejamento financeiro.

A importância de ter objetivos reais

 

Como vimos no primeiro módulo deste curso, o nosso cérebro não reconhece dinheiro como recompensa.

Ou seja, se você fala que quer ter R$ 10 mil na conta bancária ao final do ano, o prazer a curto prazo de consumir vai ser muito maior do que a sua força de vontade para guardar esse dinheiro.

Isso porque, para o seu cérebro, o número “10 mil” não significa nada, mesmo que estejamos falando de dinheiro. O que realmente significa alguma coisa é o que os R$ 10 mil podem comprar.

Então lembre-se sempre: o dinheiro é o meio, não o fim.

Seguindo essa lógica, o importante é ter um objetivo concreto para poupar, e não apenas guardar dinheiro por guardar: você precisa fazer com que o seu cérebro entenda o benefício futuro.

Exemplo: viagem

 

Se você quer viajar para a Itália, por exemplo, deixe uma foto de Roma sempre à vista, para que se lembre de por que está poupando (você pode colocá-la como plano de fundo do seu celular, por exemplo).

Assim, o seu cérebro vai dar muito mais valor à viagem do que aos benefícios de curto prazo que surgirão pelo meio do caminho.

Por exemplo, imagine que você decidiu fazer a viagem para a Itália e ela custará, no total, R$ 10 mil. Além disso, nesse cenário, você pode poupar R$ 500 por mês.

Mas então você vai ao shopping vê o celular que você tanto quer, que antes custava R$ 3 mil mas agora caiu para R$ 2 mil.

Geralmente você não pensaria duas vezes e compraria o celular, não é mesmo? Mas, se você quer mesmo viajar, deve parar e pensar o seguinte: “vale a pena adiar a minha viagem por 4 meses por causa desse celular?”.

Nesse sentido, o valor que o celular agrega é menor que o preço que você pagará por ele, porque ele adia a sua viagem por meses, que era o seu verdadeiro objetivo.

Então perceba como definir um objetivo concreto ajuda o seu cérebro a não tomar decisões que entregam prazer a curto prazo em prol de atingir o objetivo maior.

É muito importante carregar sempre essa ideia com você na hora de criar um planejamento financeiro.

Objetivos obrigatórios x objetivos pessoais

 

Agora, vamos falar da definição de objetivos.

Em primeiro lugar, precisamos diferenciar dois tipos de objetivos que influenciam o modo como lidamos com o dinheiro que temos: os obrigatórios e os pessoais.

Objetivos obrigatórios

 

Existem objetivos que devem ser obrigatórios para todos que buscam a independência financeira:

  1. pagar dívidas: o ideal, claro, é que você não tenha nenhuma dívida — a exceção aqui é um possível financiamento de imóvel ou pagamento de parcelas do carro;
  2. criar uma reserva de emergência: uma boa reserva de emergência é composta, geralmente, de 6 meses dos seus custos fixos (vamos falar mais sobre isso na próxima aula);
  3. investir: aplicar o dinheiro parado em fundos é importante para fazer com que ele renda — mas, atenção: você deve investir apenas depois de pagar as suas contas e guardar uma quantia para a reserva de emergência.

Idealmente, você deve poupar pelo menos 30% do que recebe para alcançar a verdadeira independência financeira.

Contudo, se você não tem como pagar seus custos fixos e ainda poupar esse valor de 30%, comece a pensar em formas de ganhar uma renda extra: pense nas suas habilidades e em como usá-las para ganhar dinheiro e poder poupar mais.

Como conversamos em outras aulas, o pensamento positivo e a dedicação vão te levar longe.

Objetivos pessoais

 

Agora, vamos falar dos objetivos pessoais, de longo prazo. Esses são os seus sonhos, como comprar uma casa, um carro, pagar uma pós-graduação, viajar, etc.

Para esses objetivos, é muito importante que você entenda bem o conceito de inflação.

A inflação pode ser definida como uma alta generalizada dos preços, que acarreta na perda do poder de compra.

Por exemplo, digamos que com R$ 100, hoje, você compra uma cesta cheia de itens no supermercado. Se houver inflação de 10%, no ano seguinte essa mesma cesta vai custar R$ 110.

Ou, ainda, imagine que você definiu como objetivo ter uma renda mensal de R$ 10 mil daqui a 20 anos, porque essa é a quantia necessária para cobrir todos os seus custos e ainda poupar.

Nesse cenário, vamos considerar uma inflação média no período de 3,5% ao ano (vale lembrar, contudo, que a inflação no Brasil costuma ser consideravelmente maior, com picos de hiperinflação).

Então, usando esses números como exemplo, daqui a 20 anos, com a inflação acumulada, a perda do seu poder de compra será de 50%.

Ou seja, os seus custos que hoje são de R$ 10 mil, daqui a 20 anos serão de R$ 20 mil!

Assim, é muito importante pensar sempre em termos reais na hora de definir objetivos a longo prazo, porque R$ 100 hoje provavelmente não valerão a mesma coisa no ano que vem.

Como definir objetivos

 

No começo da aula, pedi que você pensasse em por que o dinheiro é importante para você.

Agora, está na hora de criar objetivos que sejam congruentes com esses valores que você definiu.

Comece escrevendo quais são seus objetivos gerais: comprar uma casa, um carro, ter uma poupança para a educação dos filhos, etc.

Depois, separe-os em três grupos:

  • curto prazo: menos de 1 ano;
  • médio prazo: entre 1 e 5 anos;
  • longo prazo: acima de 5 anos.

Quando terminar, guarde essa lista e continue para a próxima aula, porque lá vamos dar continuidade a esse papo, combinado?

Te vejo lá!

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