Curso Independência Financeira

[Aula 19] Como Montar seu Portfólio de Investimentos

Anúncios

 

Está finalmente na hora de montar a sua carteira de investimentos!

Anúncios

Mas vamos por partes.

Para montar e gerenciar um portfólio de investimentos que seja adequado ao seu perfil e aos seus objetivos, você precisa:

Anúncios

  • preencher o seu plano de gastos consciente, como vimos no módulo 2;
  • criar os seus objetivos;
  • criar um plano de investimentos, que é o que você verá nesta aula.

Mas eu reitero: se você até agora não fez o seu plano de gastos consciente ou criou os seus objetivos, volte para o módulo 2 e preencha a planilha disponível.

É de extrema importância que você faça isso, porque os investimentos não são escolhidos de acordo com o que você acha que vai render mais, e sim com base nas suas necessidades de caixa, ou seja, entradas e saídas de dinheiro, e também de acordo com os seus objetivos.

Então, se você não sabe quais são seus objetivos, é praticamente impossível investir de uma forma inteligente e que vai trazer os melhores resultados para você.

Depois de criar um plano de investimentos, você vai então escolher a alocação de ativos da carteira e, por fim, os ativos que farão parte do seu portfólio.

Assim, a criação do plano é essencial para que você siga uma estratégia pré-estabelecida e não deixe as emoções tomarem conta das suas decisões de investimento.

Para conseguir fazer tudo isso, você vai ver:

  1. Plano de investimentos
  2. Como escolher os ativos
  3. Pontos de atenção ao montar o portfólio

Vamos lá!

Plano de investimentos

 

Em primeiro lugar, vamos falar sobre os planos de investimentos.

O melhor a se fazer na hora de executar o seu plano é criar um portfólio para cada objetivo, já que cada um tem um risco específico: o objetivo da aposentadoria, por exemplo, tem um risco de longo prazo, enquanto uma reserva de emergência de curto prazo precisa ter um perfil completamente diferente, com muito segurança e liquidez envolvidas.

Assim, a carteira de cada objetivo precisa ser escolhida através da proporção dos ativos e de acordo com 6 fatores que vimos na primeira aula deste módulo.

Lá, vimos que é extremamente importante entender que os investimentos não dependem apenas da rentabilidade ou do risco; custo, liquidez, inflação, etc. são outros fatores que podem influenciar na sua escolha.

Então não deixe de conferir a aula! Ela é essencial para que você monte um portfólio de investimentos que se adeque aos seus objetivos e também ao seu fluxo de caixa.

Feito isso, você vai:

  1. escolher a proporção de cada ativo (renda fixa e ações);
  2. dividi-los novamente entre pós-fixados, pré-fixados e indexados à inflação;
  3. escolher as ações em que vai investir (como a nossa ideia é gastar o mínimo de tempo possível com investimentos, vamos trabalhar com os ETFs);
  4. definir quais são as suas condições de balanceamento, ou seja, de quanto em quanto tempo você vai ajustar a sua carteira (o ideal é que o rebalanceamento seja feita através dos aportes, porque isso diminui o custo, e sabemos que o custo é uma das variáveis mais importantes na gestão passiva dos investimentos).

Então, você precisa sempre lembrar que seus objetivos precisam estar conectados com os investimentos que você faz.

Por exemplo, se você faz uma reserva de emergência em um ativo sem liquidez, como uma LCI, você não vai conseguir sacar esse dinheiro se precisar dele de repente.

Assim, terá que recorrer ao empréstimo bancário, que é muito mais caro do que a rentabilidade da LCI.

Então, mais uma vez: pensar apenas em rentabilidade vai te levar a tomar decisões erradas, porque não é apenas a partir da rentabilidade que se escolhe um ativo, e sim dos 6 fatores que vimos previamente.

Como escolher os ativos

 

Nesta aula, vou mostrar carteiras conservadoras, moderadas e agressivas para cada prazo de investimento.

Contudo, saiba que essas são apenas linhas que você pode seguir, e não verdades absolutas. Você vai adequar essas ideias à sua realidade.

Na dúvida, opte sempre pela opção mais conservadora, lembrando-se sempre das regras de Warren Buffet:

  1. Nunca perca dinheiro.
  2. Não esqueça a regra número 1.

Carteiras de curto prazo

 

Nas carteiras de curto prazo (até um ano), a taxa de todos os investimentos será igual: pós-fixada.

Isso porque, no curto prazo, você geralmente não pode perder o que aplicou, principalmente se estiver criando uma reserva de emergência. Além disso, precisa de liquidez imediata, para resgatar o dinheiro quando quiser.

Um título pré-fixado de curtíssimo prazo pode até surgir para você, mas em 90% dos casos de curto prazo a sua carteira vai ser 100% pós-fixada.

Você pode usar um título pré-fixado ou IPCA se souber a data exata em que vai precisar desse dinheiro.

Por exemplo, se decidir que precisa do dinheiro daqui a seis meses e encontrou um CDB com prazo de 6 meses pré-fixado, você pode usá-lo no seu portfólio.

Mas, como esses títulos não existem sempre no mercado, tome como regra de bolso que, no curto prazo, 100% das opções serão títulos pós-fixados, combinado?

Um bom modelo a ser seguido é os seguinte:

Carteiras de médio prazo

 

Aqui a proporção já começa a mudar um pouco.

Se você for um investidor conservador, pode fazer uma carteira 60% pós-fixada, 20% pré-fixada e 20% indexada à inflação, que aqui chamo de IPCA.

Agora, se você tem um objetivo um pouco um pouco mais longo, mais próximo do 5 anos do que de 12 meses, é muito importante começar a ponderar opções que rendam mais.

Assim, você diminui as opções pós-fixadas e aumenta as pré-fixadas e as indexadas à inflação.

E se você tem um objetivo que está relativamente longe, perto dos cinco anos, e para o qual não precisa do dinheiro com certeza absoluta (ou seja, não há um comprometimento com uma dívida), você pode sim ser mais agressivo.

Aqui estamos falando de objetivos como viagens, troca de carro, etc.; que não necessariamente configuram algo obrigatório.

Agora, se você tem que pagar a prestação na sua casa daqui a três anos, por exemplo, ou tem alguma outra dívida que precisa pagar com certeza, opte pelo lado conservador.

Você pode usar esta proporção como base:

Carteira de longo prazo

 

Por fim, vamos falar das carteiras de longo prazo, onde você começa a investir em ações.

Você pode inclusive colocar um percentual maior de ações do que o sugerido aqui; só que, como historicamente o Brasil tem uma taxa de juros muito alta, a relação risco-retorno dos títulos pré-fixados e indexados à inflação é muito boa, então vale a pena carregar a sua carteira nesses ativos.

Mas é claro que, se a taxa de juros cai muito, esse percentual em ações tem que subir.

No geral, use o seguinte como base para os seus investimentos de longo prazo:

 

Pontos de atenção ao montar o portfólio

 

A agressividade da sua carteira vai depender basicamente de dois fatores:

  1. Possível necessidade de liquidez: qual a chance de você precisar desse dinheiro? Você pode ter uma reserva de emergência, mas nunca vai saber o futuro, então quanto mais a sua família depender de você, mais conservador você tem que ser.
  2. A relevância do objetivo: alguns objetivos você pode postergar um pouco, como trocar o carro ou mesmo fazer uma viagem. Outros, porém, são obrigações, então você não pode arriscar esse dinheiro de jeito nenhum, porque os juros de uma dívida geralmente são muito altos. Então, enquanto tiver um objetivo obrigatório, opte sempre pelo lado mais conservador.

Além disso, em relação ao risco de mercado, quanto mais longo for o vencimento do título, mais volátil e arriscado aquele título vai ser.

E lembre-se sempre que títulos pré-fixados e indexados à inflação possuem risco de mercado, e caso você precise vendê-los antes do tempo, pode inclusive ter prejuízo.

Então só opte por esses títulos se precisar sacar o dinheiro com vencimento curto, para não correr risco.

Por hoje é só.

A próxima aula será a última deste módulo, então não perca! Vou mostrar na planilha como montar essas carteiras de investimentos e também como anotar os investimentos que você está fazendo.

Vamos nessa!

[course-login course=”independencia” previous=”https://bomfin.com/cursometodo3ps/aula18-alocacao-de-ativos/” next=”https://bomfin.com/cursometodo3ps/aula20-como-montar-portfolio-na-pratica/”]